Escrito por: Bruno Pinho
Começo desde já por afirmar que se o Benfica exibir a qualidade que demonstrou esta semana, tanto no campeonato como na taça da liga, não tenho dúvidas que vamos ser campeões! Nada como celebrar a memória do Rei com estas exibições de gala, a demonstrar que ainda temos argumentos para ser o “rolo compressor” do campeonato português, uma equipa com exibições competentes e acima de tudo convincentes.
A primeira parte frente ao Guimarães? Assistimos a um Benfica com uma entrada fortíssima, a carregar, a marcar cedo e bem podia estar a golear logo na primeira meia hora, conseguindo facilitar uma tarefa à partida complicadíssima. Numa primeira fase, o jogo do Benfica passava por uma pressão elevada no momento de perda de bola, carregando sobre o Guimarães, de modo a ganhar a posse o mais rapidamente possível. Numa segunda fase, o portento ofensivo que a equipa demonstrava lance após lance, lançando o pânico sobre a equipa nortenha, pecando somente na finalização. O Benfica conseguiu imprimir uma dinâmica de jogo pouco habitual no que diz respeito à presente época, onde ao contrário do que tem acontecido, pautou a sua performance pela imprevisibilidade e pela rapidez, mesmo com uma equipa remendada e o resultado foi um jogo tranquilo, tanto a nível defensivo (o Guimarães só criou uma única situação de perigo, em todo o jogo) como ofensivo. Destaque para as exibições de Gaitan, Jonas, Samaris e para o clima de festa que se vivia nas bancadas. O Rei haveria de gostar!
Dando seguimento à qualidade demonstrada no passado sábado, o Benfica apresentou-se esta quarta-feira novamente em grande plano, novamente com muitas mexidas no onze, frente ao Arouca, a contar para a taça da liga, num jogo com destaque para a entrada no onze de Gonçalo Guedes e de Rui Fonte, ambos com uma exibição muito interessante na primeira parte e para as exibições de luxo de Pizzi e Cristante.
Novamente um triunfo confortável, onde o glorioso geriu o encontro a seu bel-prazer, sem comprometer. O único aspecto que não gostei neste jogo foi mesmo o facto de Jorge Jesus ter dado poucos minutos aos “miúdos” e sinceramente não consigo compreender a justificação por ele dada. Ora vejamos: numa competição como a taça da liga, a jogar em casa e a ganhar por 2-0, com mais um elemento, face à expulsão de Dabó à meia hora de jogo, não seria o jogo ideal para dar minutos aos jogadores que foram chamados à equipa B? Não seria este o cenário ideal para ir de encontro com as palavras proferidas por Luís Filipe Vieira logo no inicio deste ano? Jesus acredita que um jogador como o Talisca (20 anos de idade) precisa de tempo para se afirmar, mas e em relação aos jovens da nossa formação? Onde está esse tempo de jogo que é necessário para a sua afirmação?
Após colocadas estas questões, na opinião do autor, pertinentes para aquilo que é a estratégia futura do Sport Lisboa e Benfica, é hora de começar a pensar na deslocação tradicionalmente complicada à Madeira. Jornada após jornada não temos dado margem de manobra aos nossos mais directos rivais e espero que a qualidade evidenciada durante esta semana se mantenha até ao final de Maio, pois só assim conseguiremos alcançar o objectivo principal da época.
Saudações desportivas!
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