Nuno Correia da Silva, administrador não-executivo da SAD do Sporting e vice-presidente da Holdimo, reagiu às buscas realizadas no dia de ontem pela Polícia Judiciária nas instalações da sociedade do clube, no âmbito de um mandado por alegado branqueamento de capitais no período entre 2011 e 2014.
“A entrada da Holdimo como acionista da Sporting SAD foi um processo escrutinado pelas entidades competentes desde o seu início. A CMVM pediu-nos cópias dos documentos e nós cedemos tudo, inclusive a identificação das contas de onde saiu o dinheiro. Cumprimos com todo o compliance”, disse Nuno Correia da Silva ao Record, criticando: “Depois disso já foram realizadas outras buscas no âmbito de investigações judiciais mas, curiosamente, nunca foram aos escritórios da Holdimo.”
Para Nuno Correia da Silva, a explicação é simples: “Estamos a pagar o preço de termos sido parte da solução para o Sporting”. Ou seja, as suspeitas que recaem sobre a empresa de Álvaro Sobrinho são encaradas com alguma perplexidade, pois, de acordo com o administrador, “a entrada na estrutura acionista da SAD foi uma imposição dos bancos para viabilizar a reestruturação financeira. Não havia a opção de não entrar no capital da SAD. A alternativa era a entrada em PER e a perda de todo o valor.”