
Estudante na Faculdade de Motricidade Humana, Rafael Couto ama futebol, mas é no freestyle que se distingue.
Tendo como ídolos Michryc, Sean Garnier e Becs, o atleta português compete em grandes torneios sempre com as cores portuguesas.
Rafael, para começar, consegues explicar aos nossos leitores o verdadeiro significado de freestyle?
É difícil arranjar uma definição precisa, mas resumidamente é uma modalidade que tem vindo a crescer em vários países e também em Portugal, que envolve a realização de truques com uma bola de futebol, utilizando várias partes do corpo (em competição não se pode apenas usar as mãos), sendo que o atleta tenta criar truques, ou sequências de truques, que consigam impressionar um júri (em caso de competição) e o público em geral.
Consideras-te um freestyler?
Sim. Até ao momento já fiz demonstrações em vários pontos do país, lá fora e compito internacionalmente.
Em que competições já participaste?
Participei no Redbull Street Style em Portugal em 2012 (foi a última competição existente no país), tinha apenas 6 meses de treino e foi a primeira vez que atuei em público, tendo ficado no Top 4 do país e agora em 2017, com um nível completamente diferente, estive no campeonato europeu, tendo ficado no Top 20.
Onde foi esse campeonato europeu e lembras-te de quem o venceu?
O campeonato europeu foi em Manchester e o vencedor foi um norueguês chamado Brynjar.
Ficaste satisfeito por teres ficado no top 20 ou ambicionavas ficar no top 10?
Por um lado fiquei satisfeito; passavam apenas os primeiros lugares de cada grupo e os melhores segundos batalhavam entre si por um lugar no Top 16. Esta foi a minha situação, fiquei em segundo e chegando aqui a minha ambição era o top 16. Por outro lado, faltaram vários freestylers de topo a esta competição, algo que também me colocou numa boa posição de chegar ao Top 16. Perdi a batalha de acesso, mas no geral fiquei contente porque o nível é muito alto lá fora.
Qual a tua maior inspiração no mundo do freestyle?
É uma pergunta difícil, tenho várias, mas destacaria um freestyler polaco, o Michryc, pela criatividade e genialidade dos truques, o Sean Garnier de França pela maneira como promove o freestyle pelo mundo fora com um estilo único e o Tobias Becs da Noruega.
O que te levou a seguir o freestyle e não o futebol?
Quando era mais pequeno jogava muito futebol, no clube ao pé da minha casa, na rua, na praia, em todo o lado. Desde pequeno que gostava de dar toques na bola e com 15 ou 16 anos saí do futebol e descobri que havia esta modalidade, com pessoas que se dedicavam a sério ao freestyle e desde então comecei a treinar muito também, até que eventualmente me dediquei só a isto.
Achas que fizeste a escolha mais acertada? Ou preferias ter praticado futebol?
Continuo a adorar futebol e a jogar na rua com amigos, mas levo agora o freestyle muito mais a sério. Penso que fiz a escolha acertada.
Fazes do freestyle profissão?
Não totalmente. Existem meses em que faço várias demonstrações, mas de momento a minha principal ocupação é um mestrado em Educação Física na Faculdade de Motricidade Humana.
É fácil conciliar a vida de freestyler com o mestrado?
Há semanas em que é difícil treinar, mas é tudo uma questão de gerir bem o tempo
Referiste que já fizeste várias demonstrações, queres nomear algumas?
As demonstrações que gostei mais foram no Festival da Uefa Champions League em 2014, na Praça do Comércio, com o Vice-Campeão Mundial da altura Daniel Dennehy. Também gostei de uma atuação no Eurolounge da Carlsberg no campeonato da Europa de Futebol de 2016 por estar com vários freestylers portugueses em palco. Gostei também de um anúncio que gravei para a Sportzone com o Fábio Simões, freestyler português.
Já este ano, e como também já referiste, junto com o Fábio Simões, bicampeão nacional de freestyle, fizeram juntos um anúncio para Sportzone. Como surgiu essa ideia?
A proposta foi da Sportzone para um anúncio ligado a futebol; eles perguntaram-me se existia alguém que também fizesse freestyle para aparecer no anúncio e eu chamei de imediato o Fábio.
Tens grande ligação com o Fábio, portanto…
Sim, fizemos muitas atuações juntos e treinámos muito também, não disse anteriormente mas é também sem dúvida uma das minhas inspirações no freestyle.
Já atuaste para algum clube português?
Já atuei em eventos do Vitória de Guimarães, do Benfica, do Sporting, entre outros.
Qual o teu momento mais alto no freestyle?
Sem dúvida, o último campeonato europeu em Manchester
Facebook
Twitter
Pinterest
Instagram
YouTube
RSS