Foi um dos jogadores que decidiu alinhar na Liga Revelação e não desapontou. Contratado pela Académica o ano passado vindo do Louletano, Rodrigo Vilela alinhou em ter uma agradável conversa com o Domínio de Bola. 

O Mister Paulo Sousa, a ida para Loulé, o divórcio dos pais e a sua infância

Nascido em Lisboa, quando questionado de quando e onde começou a praticar futebol não hesitou: 
 
“Aos 5 anos comecei a jogar na escolas do Paulo Sousa, antigo internacional português, atual treinador do Bordéus, depois aos nove, com o divórcio dos meus pais fui viver para Loulé e aí comecei a jogar no Louletano, fiz lá a minha formação toda até sair para a Académica.
 
Tive uma infância como qualquer criança, tive tudo o que quis para brincar… (risos) mas obviamente que brinquei mais com a bola ou com qualquer coisa que desse para chutar. Era sempre a melhor brincadeira”
 
Perguntei se alteraria alguma coisa da sua infância. Respondeu de forma perentória. 
 
“Não, não mudava nada (risos).”
 

O começo em Loulé e o Louletano

Mas onde e como tudo começou? 

“Eu desde pequeno que a bola é o meu brinquedo favorito e foi gradualmente importante para a minha paixão que ganhei pelo futebol até ao ponto em que decidi fazer disto vida. 
 
O Louletano é sem dúvida um clube que guardo no coração, que me deu a oportunidade de seguir o meu sonho e que me ajudou a crescer para como jogador e pessoa,
 
Fui para lá porque naquela altura o meu primo jogava lá. “
 

As condições não interessavam, queriam era jogar

A pergunta que fora colocada foi simples: Que condições encontraste lá? Era o que estavas à espera?

Novamente, de forma rápida e com alguns risos, Rodrigo Vilela respondeu: 

“Sim na altura também não nos preocupávamos muito com as condições, nós queríamos era jogar”

A história insólita, ou quase isso 

“Sim, tenho uma história, foi mais ao menos há três anos.

Houve um jogo em que comecei no banco e no começo da segunda parte o treinador manda-me a mim e a mais dois colegas aquecer e passados uns cinco minutos manda outros 3 aquecerem e nós fomos para o banco, pensava que já não ia entrar. Contudo, passado 5 minutos chama-me para entrar em jogo. Entretanto tivera passada mais quinze minutos e o mister chamou outro rapaz que estava sentado para entrar (um daqueles rapazes que tinha ido aquecer comigo mas que também tinha ido para o banco) e já a dez minutos do fim chama o terceiro que estava sentado para entrar enquanto os outros 3 ainda estavam a aquecer desde que foram mandados para lá”
 

Coimbra. A cidade, os adeptos e o clube. 

“Jogar na Académica foi um sonho tornado realidade, porque muitos não sabem mas o meu avô e tio avô jogaram na Académica é sempre foi um clube que desde pequeno tinha a ambição de jogar. Este ano a nível pessoal foi uma época positiva onde demonstrei o meu valor, fiz 14 golos mais 7 assistências.”
 
“Acho que mesmo não tendo protagonismo na equipa principal, sinto que os adeptos, sempre me, viram o meu potencial, viram que podia ter sido mais vezes chamado para ajudar a Académica na subida de divisão e estou-lhes grato por esse apoio. A Académica pela grandeza que tem merece outros patamares mas para isso agora tem que lutar para lá chegar com todos a rumar para o mesmo lado e acredito que mais cedo ou mais tarde veremos a Académica de volta à 1ªLiga.”
 
Eu gostei de estar em Coimbra, é uma cidade bastante engraçada com muita história e toda a vida académica que existe dá uma outra vida à cidade e isso é o que faz Coimbra diferente das outras cidades

A Liga Revelação e esperança na equipa titular da Académica

Mas e que balanço fazes da tua primeira época com a camisola da Briosa? 

“…foi também uma época bastante difícil porque andei sempre entre os sub-23 e equipa principal e em busca sempre de uma oportunidade de poder ajudar subirmos de à 1ªLiga mas as oportunidades não foram muitas e também quando poderia acontecer nessa mesma semana fico doente e tive uma elevada quebra física, e o comboio só passa uma vez, mas até ao final do campeonato fui trabalhando para que mais oportunidades surgissem, acabo por me lesionar na parte final da época, quando já não haviam aspirações de subida e aí poderia ter havido mais oportunidades para jogar mas quis recuperar a tempo de poder jogar algum tempo na equipa principal e isso apareceu no último jogo contra o Varzim.”
 
E a Liga Revelação, foi ou não uma boa aposta da federação?
 
Eu acho que os Sub-23 foi uma boa montra para muitos jovens e muitos jogadores que até então não tinham tido muita visibilidade noutros clubes. Foi um campeonato que teve bastante apoio a nível da comunicação que acaba por ser importante, as equipas tinham qualidade, jogos sempre com muitos golos, acabou por ser positiva esta aposta da federação
 

A saga do Football Manager

Abordado se conhecia o jogo, garantiu que já tinha jogado a edição mais recente mas que não fazia deste jogo “um vício” tinha apenas jogador umas dez vezes, não mais que isso. Questionamos o porquê de no jogo a sua posição ser defesa e não extremo/avançado. Respondeu sem papas na língua: 

“Eu jogo a extremo ou a avançado, mas isso de ser defesa foi um treinador iluminado aqui no Algarve que uma vez me meteu a lateral direito porque era o único que jogava com os dois pés, mas felizmente voltei a jogar nas minhas posições originais.

A polivalência e o talento para ser um “tapa-buracos”

“Eu sempre fui um jogador versátil, na época antes de ir para a Académica um dos meus melhores jogos foi a medio recuado a jogar em 4-2-3-1”
 
Ou seja, consideras-te um “tapa-buracos”?
 
(risos) Sim, já fui um “tapa-buracos” e todos os miúdos que sobem a sénior e nos primeiros anos até se afirmarem têm que se sujeitar muito a isso.
 
Infelizmente por um lado podem-se perder grandes jogadores mas às vezes descobrem-se outros grandes jogadores que na nova posição são melhores mesmo contra a vontade deles, eu não fui o caso, descobri mesmo que era a avançado/extremo que sou melhor mas acho que ao passar por isso fez-me crescer como jogador até para ver o jogo de outras zonas do campo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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