“É mais difícil conviver com uma derrota do FC Porto do que com o vírus”
fernando rocha porto
O humorista português Fernando Rocha, assumido adepto ferrenho do FC Porto, foi das primeiras figuras públicas nacionais infetadas com a covid-19 há já mais de um mês e o vírus mantém-se no seu organismo. O pior, porém, já passou, revelou ao jornal OJOGO.
“Ainda estou de quarentena, isolado em casa, porque ainda não tenho os testes negativos. Tenho visto séries, escrevo textos de comédia, jogo no computador e na PlayStation. No fundo, procuro matar o tempo da melhor forma e lutar pela boa saúde mental. Fisicamente vai-se fazendo algumas coisa, vou caminhado, vou ao pátio, faço alguns exercícios.
Tive febres altas, vómitos e dores de corpo. Depois, os três dias seguintes foram de melhoras e muitas horas a dormir e agora estou aqui há um mês sem sintomas nenhuns, como se não tivesse nada, mas com vestígios do vírus dentro de mim”, referiu.
O remédio agora é uma boa dose de paciência. “É esperar que isto acabe por sair, pelas fezes e pela urina. Tenho bebido muita água. Já depois de estar infetado fiz um teste que deu positivo, passado oito dias fiz outro que deu negativo e fiquei todo contente. No dia seguinte, fui fazer o segundo, porque só com dois negativos é que confirmam, e voltou a dar positivo. Só para a semana volto a fazer outro para ver. Se calhar saio da quarentena quando acabar o estado de emergência”, atirou.
Sem perder a boa disposição, Fernando Rocha diz que é “mais difícil conviver com uma derrota do FC Porto” do que com o vírus.
Por esse motivo, ainda espera festejar este ano. “A única coisa que não quero é que façam como na Holanda que anularam o que estava feito. Das duas uma: ou acaba aqui o campeonato e o FC Porto é campeão ou disputam-se os jogos que faltam, nem que seja à porta fechada. Dizer para tudo, baralha, parte e dá e não conta para nada o que foi feito é que não. É muito dinheiro que se perde e vai para o lixo. Tudo o que se tinha feito seria em vão, para não dizer que o FC Porto vai à frente e seria injusto. Não podemos andar aqui a brincar aos vírus”, atirou.
