Bruno Fernandes mostrou-se satisfeito com o método de trabalho de Erik ten Hag, após as primeiras semanas do técnico holandês ao comando do Manchester United.
“É muito claro, não há como não o entender. Mesmo que não entendas inglês, entendes a maneira como ele quer jogar. Isso é muito importante para nós. Os jogadores mais velhos também têm de fazer a sua parte, garantindo que todos estão do mesmo lado”, referiu o médio português, em entrevista à ‘Sky Sports’, fazendo mesmo uma comparação com Marcel Keizer, com quem trabalhou no Sporting.
“Falei com o treinador e ele perguntou-me o que pensava do nosso plano de jogo. Disse-lhe que tinha tido um treinador no Sporting [Marcel Keizer] que também vinha do Ajax e a forma de trabalhar é bastante semelhante. Tive a minha melhor temporada com Keizer”, enalteceu.
O internacional por Portugal recordou a época passada, na qual disse ter sido difícil ter sucesso individual “porque os resultados não estavam a aparecer”, e apontou a um melhor registo em 2022/23.
“Sei que todos esperam muito de mim, porque a minha primeira temporada foi incrível e na época passada marquei apenas 10 golos e fiz 14 assistências. Sei que posso fazer muito melhor do que isso. Estou feliz pelo que tenho feito no clube e o novo contrato [n.d.r: renovou por cinco épocas em março último] mostra que o clube confia em mim, é hora de retribuir”, salientou, caraterizando-se como jogador.
“Sou um jogador emotivo e uma pessoa emotiva. Critico-me demais e às vezes preciso de me acalmar um pouco, mas sou assim. Não gosto de perder, mas não tento culpar ninguém. Tento ver o que posso fazer para melhorar a equipa”, apontou.
Questionado sobre se um dos principais problemas da temporada passada foi o facto de o estilo de jogo dos red devils ter mudado por causa de Cristiano Ronaldo, o médio foi taxativo.
“Estou lá para servir os avançados. Penso que tivemos um início de época fantástico. Quando o Cristiano entrou, marcou dois golos no seu primeiro jogo e eu apontei muitos golos a jogar com o Cristiano. Penso que em todos os meus golos, o Cristiano estava em campo, por isso não acho que seja esse o problema. Jogo com ele por Portugal e isso nunca será o problema, porque os bons jogadores podem encaixar-se em qualquer altura”, vincou.