O depoimento de Francisco Geraldes foi determinante para a Comissão de Instrutores da Liga decidir avançar com as acusações contra Rúben Amorim e o Sporting, revela esta terça-feira o Record.
“A partir de março de 2020, a seguir ao Silas, entrou o Rúben Amorim como treinador principal. Com o Silas saíram também os outros elementos da equipa técnica. Com o Rúben Amorim veio o Carlos Fernandes e o Adélio Cândido, que estavam no Braga, como adjuntos do Rúben Amorim. Da equipa técnica anterior manteve-se só o Emanuel Ferro”, descreveu o médio, a 15 de outubro de 2020, já como jogador do Rio Ave, conforme reproduzido no Relatório Final da Comissão de Instrutores, assinado por Filipa Elias e a que o jornal Record teve acesso. A cada nova pergunta, Geraldes reforçava a tese de que o jovem técnico fora contratado para ser treinador principal. Era ele quem dirigia os treinos, quem transmitia as instruções da SAD, quem dava as palestras antes dos jogos. A tudo, o jogador formado na Academia disse… sim.
Há, ainda, mais dois aspetos, que pesaram na decisão da instrutora, que consultou e comparou os salários dos treinadores. O facto de Amorim ganhar 40 vezes mais do que Emanuel Ferro, inscrito como técnico principal; e a presença nas conferências de imprensa, “deixando sobressair a sua autoridade no comando dos jogadores e da equipa técnica”. Perante isto, Filipa Elias acusa Rúben Amorim de violar o artigo 133º (Falsas declarações e fraude) e a SAD de desrespeitar o artigo 83º (Fraude na celebração de contratos), ambos do Regulamento Disciplinar da Liga. O primeiro prevê suspensão que pode ir de um a seis anos e multa. O segundo contempla apenas multa.
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