Complicações e as contas da Champions
4 min readEscrito por: João Pereira
Caros amigos, depois da vitória frente aos russos do Spartak, um sentimento agridoce logo tomou posse de todos nós. Se por um lado obtivemos uma vitória clara na nossa Catedral, por outro o Barcelona claudicou, contra todas as previsões. O futebol é assim, quem marca mais golos vence e nem os 72% de posse de bola dos catalães e os únicos 47 segundos de posse de bola que o Celtic teve na segunda parte valeram os 3 pontos aos catalães, que apesar de tudo não atingiram o objectivo primordial, ou seja, marcar mais golos que o adversário.
Posto isto, as contas saíram furadas. Todos pensávamos que o Barça venceria facilmente os quatro jogos contra Celtic e Spartak, o que ajudaria o Benfica, que supostamente venceria, pelo menos, 3 dos 4 jogos contra essas duas equipas, mas tal não aconteceu. Resumidamente, o Benfica não fez bem o seu trabalho, em Glasgow e em Moscovo, e agora que o Barça falhou a situação piorou ainda mais.
Sendo assim, quais serão as possibilidades de passagem à próxima fase da competição? Na minha opinião, não é uma missão impossível, mas é muito difícil. Vejamos este cenário: a próxima jornada o Benfica vence o Celtic e o Barcelona vence o Spartak, garantindo a qualificação e o primeiro lugar do grupo. Poderemos, então, chegar a segundos, mas o problema estará na última ronda. O Benfica deslocar-se-á a Camp Nou, que apesar de qualificado não facilitará e o Celtic recebe em casa um Spartak já afastado da Liga Europa, apenas a cumprir calendário. Conclusão, ou os moscovitas fazem uma gracinha em Celtic Park e o Benfica, mesmo perdendo na Catalunha, passa em segundo, ou o Benfica ganha em Camp Nou e o resultado do Celtic deixa de ter importância. Ora, como todos podemos depreender, o cenário não se afigura nada agradável. O Benfica vai ter uma tarefa árdua para se qualificar e não saberemos se o futebol nos presenteará com mais alguns devaneios, como o Barcelona perder em Moscovo, ou não conseguirmos vencer o Celtic. Uma coisa é certa, é preciso continuar a acreditar na passagem à próxima fase, surgir forte nos últimos dois jogos e que, até ao fim da fase de grupos, a única surpresa seja a vitória do Benfica em Camp Nou.
No campeonato, a equipa está de parabéns pela sofrida mas merecida vitória na dificílima deslocação a Vila do Conde, onde mora um Rio Ave que promete surpreender este ano. Lima continua a marcar e a mostrar que foi um excelente reforço, Ola John ainda não me convence totalmente, apesar de ter realizado exibições razoáveis nos últimos jogos em que actuou e Cardozo demonstra que será, provavelmente, o melhor companheiro para Lima (onde andas tu Super Rodrigo?).
Por fim, há que saudar o regresso no nosso capitão. Luisão voltará, finalmente, ao activo depois de cumprir castigo e, com ele, voltará uma figura de liderança, carisma e tranquilidade, apesar de Jardel, nestes últimos jogos, ter realizado boas exibições e denotar um bom entendimento com Garay.
Nota 1 – O que se passará com Rodrigo? Depois de ter voltado da lesão nunca mais foi o mesmo. Será consequência disso? Ou será que Rodrigo é um jogador que só se dá por ele quando está em pico de forma?
Nota 2 – Boa sorte e força à nossa selecção de futsal que hoje defronta a Itália, no Mundial da modalidade.
Nota 3 – Uma mensagem de força e apoio a Bruno Sousa, jogador da Oliveirense que deixou de jogar futebol, aconselhado pelos médicos por causa de uma lesão cervical. A saúde acima de tudo.
A subir: Dzeko e Chicharito/ Liga Inglesa. Os dois avançados, sejam primeira, segunda, terceira ou milésima opção entram e marcam que se fartam, não percebo como não são mais vezes titulares nas respectivas equipas. Eficácia é com eles.
A Liga Inglesa é, de facto, a Liga mais espectacular do mundo, tem sido uma delícia assistir aos jogos esta época, repletos de golos, intensidade e reviravoltas inesperadas, um regalo para quem gosta de futebol.
A descer: AC Milan, Montpellier, Liverpool e Arsenal. Quatro grandes desilusões. O gigante italiano está a arrastar-se completamente pela Serie A italiana, sem jogadores, sem equipa. Já não mete medo a ninguém este Milan. A equipa francesa foi campeã na época passada, mas este ano não passa da metade inferior da tabela. Os dois grandes de Inglaterra mostram-nos mais do mesmo, muito intermitentes, muito irregulares, incapazes de lutar pelo título.
Saudações Desportivas.