Mais cinco curiosidadades sobre futebol que (provavelmente) ainda não sabe
3 min read1. Quando a ciência e o futebol se unem
Niels Böhr, físico vencedor de um prémio Nobel, e o seu irmão, Harald, foram ambos jogadores de futebol, no início do século XX. Harald era matemático, mas os seus dotes de futebolista eram também sobejamente conhecidos. Estreando-se, com apenas 16 anos, pelo Akademisk Boldklub, em 1903, deu início a uma carreira que o viu participar no primeiro jogo internacional oficial da Dinamarca: as Olimpíadas de Verão de 1908, onde Harald marcou 2 golos na vitória por 9-0 frente à França “B”. No jogo seguinte, o matemático participou na vitória por 17-1 frente à França, resultado que ainda se mantém como recorde olímpico, sendo eliminado pela anfitriã Grã-Bretanha, na final, por 2-0. Em 1905, jogou com o irmão, que era guarda-redes, no Akademisk Boldklub.
A sua popularidade no futebol era tanta que, rezam as crónicas, quando Harald Böhr defendeu a sua tese de doutoramento, a audiência tinha mais fãs de futebol do que matemáticos.
2. 6% das lesões são causadas… a celebrar
Um estudo realizado na Liga Turca descobriu que cerca de 6% das lesões, no futebol, são causadas durante as celebrações de um golo.
As lesões são, na sua maioria, distensões musculares ou dos ligamentos, apesar de haver registo de colunas fraturadas fruto dos jogadores saltarem para cima uns dos outros.
No entanto, a nível mundial, há registo de situações com maior gravidade. Babayaro, quando representava o Chelsea, fraturou a perna ao celebrar um golo com uma cambalhota, num… amigável, frente ao Stevenage.
Shaun Goater, ex-avançado do Manchester City, teve igual ou pior sorte, pois fraturou o joelho ao pontapear publicidade, festejando um golo de Anelka.
3. O mais bem-comportado!
Stanley Matthews, figura histórica do futebol inglês, que representou o Blackpool durante 15 épocas e o Stoke City por 20 temporadas… nunca foi admoestado com um cartão. O primeiro Bola de Ouro da História (venceu em 1956, enquanto jogador do Blackpool) jogou 841 jogos, marcando 91 golos. Não existe qualquer registo de alguma vez ter visto um cartão, de qualquer cor. Fabuloso!
4. O jogo mais vermelho da história
Jogos com imensos cartões vermelhos há muitos, com várias histórias para contar. Os portugueses bem se lembram do célebre jogo da Seleção portuguesa frente à Holanda, no Euro 2004, onde o árbitro mostrou 16 cartões amarelos e 4 vermelhos.
No entanto, o recordista de má disciplina jogou-se na Argentina, em 2011, opondo o Claypole ao Victoriano Arenas.
Depois de duas expulsões na primeira parte, o segundo tempo viu o jogo tornar-se numa verdadeira batalha campal, com jogadores, técnicos e adeptos envolvidos. De acordo com um jornal inglês, o árbitro Damian Rubino deu ordem de expulsão a todos os jogadores, incluindo mais 14 cartões vermelhos a substitutos e treinadores. Tudo isto dá um total de 36 cartões vermelhos!
5. Um pau de dois bicos
Decorria o Mundial de 2002 quando Ahn Jung-Hwan, internacional sul-coreano, aos 119 minutos da partida com a Itália de Trapattoni, marcou um golo que eliminou os italianos da competição, num jogo referente aos oitavos de final. A Coreira do Sul, uma das anfitriãs, a par do Japão, viria ainda a eliminar a Espanha, na ronda seguinte, perdendo contra a Alemanha nas meias-finais.
No entanto, aquele célebre golo frente à Itália envolveu uma história curiosa. O marcador, Ahn Jung-Hwan, na altura com 26 anos, representava o Perugia, que disputava a Primeira Liga Italiana. Após o golo, o presidente desse clube, Luciano Gaucci, rescindiu o contrato do jogador, dizendo: “Não tenho intenções de pagar o salário a um jogador que destruiu o futebol italiano.” Apesar de tudo, o dirigente afirmava que a decisão se baseou não no golo de Jung-Hwan, mas em comentários do jogador sobre a nação italiana. Certo é que, algum tempo mais tarde, Gaucci tentou voltar a contar com o jogador, que rejeitou o pedido.