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Chicotada psicológica

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Chicotada psicológica representa um tema bastante comum no futebol português. José Viterbo e Vítor Paneira são o exemplo mais recente; ambos deixaram, respectivamente, o comando técnico da Académica e Tondela numa fase bastante precoce da época. A dança dos treinadores em Portugal é algo bastante comum, estes representam sempre os alvos mais fáceis de abater quando os resultados não são os esperados ou não vão ao encontro da vontade da massa associativa e direção, razões aparentemente semelhantes, no entanto, bastante distintas. A contextualização desta expressão para as mais diversas realidades futebolísticas parece um processo simples. É extremamente fácil em países como Espanha e Itália ver os treinadores a serem despedidos como se se tratassem de algo descartável, numa lógica de enquanto funcionar está bom, quando “avariar” não se repara, deita-se fora (aconselho o leitor a averiguar a situação de Sinisa Mihajlovic). Porém, existe um lugar onde este tipo de cultura não tem lugar. Um lugar onde se confia na qualidade e no trabalho a longo prazo devidamente sustentado. Esse lugar é a pátria do futebol, esse país é Inglaterra.
adeptosliverpoolBrendan Rodgers, treinador do Liverpool, iniciou esta temporada com elevadas expectativas. Expectativas essas que rapidamente deram lugar à desilusão e a um início de época paupérrimo. Paupérrimo é um eufemismo para descrever quão mau é o Liverpool 2015/2016, tendo em conta o elevado investimento feito no plantel (só Roberto Firmino custou 50 milhões de euros). O escocês, apesar dos maus resultados, seguia confiante que se manteria no cargo e seria a única pessoa capaz de dar a volta à situação, pois a forte tradição inglesa no que a este assunto diz respeito mais uma vez iria prevalecer. A confiança revelou ser o seu pior inimigo, na medida em que no dia 4 de Outubro, após 8 jogos e o empate diante do Everton, o treinador do Liverpool foi demitido. A onda de choque que se seguiu foi enorme. O que acabava de acontecer demonstrava um comportamento contrário às tradições e costumes ingleses. Não era possível, apesar de existirem muitos críticos que defendiam que já deveria ter acontecido há mais tempo. Até Thierry Henry, atualmente comentador de renome, esboçou um reação bastante caricata. A pergunta que se impõe é: apesar de prematuro, o despedimento de Brendan Rogders é justo? Na minha humilde opinião, sim. As razões são várias. Em primeiro lugar, o elevado investimento não está a ter um impacto direto na evolução da equipa. Roberto Firmino é só um dos exemplos, custou uma fortuna e pouco tem jogado, a expectativa era enorme no brasileiro mas este em nada correspondeu, sendo ofuscado pelas brilhantes prestações de Coutinho. Um outro exemplo que demonstra a má gestão de Rogers é Mario Balotelli. A sua transferência foi avaliada em 16 milhões de libras, o italiano nada rendeu, os críticos vaticinavam o seu insucesso, mas mesmo assim Rodgers avançou para a sua contratação.  Outra das razões apontadas para o insucesso foi a falta de um estilo de jogo e ideias tácticas definidas, bem como toda a inércia demonstrada, quer junto ao banco de suplentes, quer no banco das conferências de imprensa – o treinador do Liverpool era demasiado inócuo.

Luis-SuarezDesde a saída de Suarez – nenhum dos milionários avançados foi capaz de oferecer a mesma qualidade – que o Liverpool nunca mais foi o mesmo. O uruguaio foi uma peça fundamental na única época em que o clube da terra dos Beatles ficou em segundo lugar. Este com a sua magia era capaz de omitir muita das fragilidades da equipa e desde essa altura  que o nível exibicional nunca mais foi o mesmo. A gota de água aconteceu quando Steven Gerrard saiu do clube: aí Brendan Rogers nunca mais foi capaz de encontrar substitutos à altura e caiu definitivamente em desgraça.youwillneverwalkalone

 

Agora, o futuro do Liverpool é um pouco turvo, dado que a aposta no escocês tinha sido enorme. Vários substitutos têm sido apontados, sendo que o mais forte candidato é Jürgen Klopp. O alemão está de licença sabática e passeia pela Europa a ver vários jogos de futebol para enriquecer o seu portfólio futebolístico. Será que o projecto inglês será aliciante para o ex-Dortmund? Nós, os fãs do futebol, esperamos que sim. Um clube como o Liverpool não pode estar longe da ribalta, pois os seus fiéis adeptos e toda a sua história não o merecem.

 

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