Escrito por: Bruno Pinho
Acabaram-se os paninhos quentes na defesa, os rendilhados a meio campo e a diplomacia no ataque! Numa vitória em que foi preciso vestir o fato de guerra, o Benfica demonstrou novamente o porquê de ser líder da liga portuguesa. É a equipa mais pragmática, a equipa que possui o melhor futebol, tem os melhores jogadores e bastante mais soluções face aos seus adversários directos. O Benfica tem de continuar assim, e é mais do que obrigatório a conquista do título este ano.
O Glorioso tem demonstrado nos últimos jogos (e na Mata Real não foi excepção) que é uma equipa multifacetada, adaptando-se sempre muito bem ao adversário que tem pela frente. Ora vejamos: se contra o Sporting foi uma equipa dominadora e de pressão alta, contra o Paços de Ferreira o Benfica soube sofrer, não quis cometer excessos e viu se obrigado a ser agressivo com as suas linhas mais recuadas, aproveitando muito bem os erros do adversário.
O onze inicial que Jorge Jesus apresentou era o expectável, tendo como única alteração a presença de Rúben Amorim a meio campo, assumindo a vaga deixada por Enzo. O jogo até começou morno, sem grandes oportunidades, com o Paços de Ferreira a beneficiar daquilo que o senhor Duarte Gomes sabe fazer melhor: mostrar amarelos aos jogadores do Benfica. Não há muito a relatar da primeira parte: o Benfica assumiu o jogo, mas com escassas oportunidades de golo. As próprias condições do terreno também obrigaram a que a partida fosse disputada com menos qualidade e de forma lenta.
Na segunda parte, os encarnados continuaram a dominar, mas bastante mais perigosos no ataque, pelo que não foi necessário esperar muito para a inauguração do marcador. Após o cabeceamento eficaz de Garay, senti logo que iríamos somar os três pontos, o jogo estava terminado, face ao controlo de jogo que o Benfica demonstrava. Passado alguns minutos, Markovic ampliou a vantagem num contra ataque rápido. No que restava do jogo, o Benfica cumpriu o seu papel na perfeição e fez uma gestão tranquila, sem sobressaltos.
Não foi um jogo com nota artística, mas o Benfica foi novamente sério, rigoroso e intransponível. Em onze jogos sofremos apenas um golo e sempre ouvi dizer que os campeonatos se ganham na defesa. Espero, portanto, que esta estabilidade defensiva continue e que seja um bom prenúncio para um final de campeonato “glorioso”.
Os anti-túneis
E n’ “Os anti-túneis” desta semana:
Os inocentes que afinal são culpados. O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa multou cinco jogadores do FC Porto por ofensas à integridade física de dois assistentes de recinto após o jogo com o Benfica, no Estádio da Luz, na época 2009/2010. Tenho pena do Sapunaru, do Helton, do Hulk, do Rodríguez e do Fucile. Com a tamanha propaganda e com tantos apelos que foram feitos à inocência destes homens, acho completamente injusto terem de pagar multas compreendidas entre os 45 mil euros e os 90 mil euros…deviam era indemnizar o FC Porto, por danos morais e calunias que mancham a integridade desta instituição. Cá para mim, foi esta notícia que motivou o atraso dos jogadores do Porto no seu último jogo a contar para a Taça da Liga. Já se sabe que este clube não lida muito bem com a (in)justiça.
Saudações Desportivas!
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