O empresário César Boaventura foi condenado nesta tarde de quarta-feira a uma pena de três anos e quatro meses de prisão, suspensa, por três crimes de corrupção ativa.
A sentença foi proferida pelo Tribunal de Matosinhos, que considerou três dos quatro crimes de corrupção ativa imputados ao empresário como provados, todos relacionados com jogadores do Rio Ave. No entanto, a tentativa de corrupção a um jogador do Marítimo não foi considerada comprovada.
A decisão judicial impôs uma pena privativa de liberdade, embora suspensa, devido ao risco de continuação de atividade criminosa.
Cada um dos crimes foi punido com um ano e oito meses de prisão, resultando numa pena única de três anos e quatro meses. Como condição para a suspensão da execução da pena, César Boaventura terá de pagar 30 mil euros a uma instituição de solidariedade social.
Além disso, fica proibido de exercer a atividade de agente de futebol, direta ou indiretamente, por um período de dois anos.
Além do processo recentemente concluído, César Boaventura enfrenta ainda outro julgamento, onde é acusado de dez crimes de burla qualificada, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento. Neste processo, o empresário é suspeito de ter ludibriado empresários, prometendo-lhes lucros que nunca se concretizaram.
Este segundo processo reflete um histórico conturbado de César Boaventura, que já tinha sido alvo de investigações anteriores relacionadas com alegadas atividades fraudulentas.
O empresário, que afirmava ter proximidade com Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, está agora a ser confrontado com estas acusações, que lançam ainda mais dúvidas sobre a sua conduta no mundo empresarial e desportivo.