A direcção do Clube Desportivo de Tondela publicou, esta terça-feira, um comunicado sobre as incidências da última sexta-feira no jogo com FC Porto, no Estádio do Dragão.
Pode ler-se que o clube não quer substituir nem condicionar o papel do árbitro em jogos futuros e que apesar de serem parte importante do futebol, as decisões do decurso das partidas devem ficar para os atletas.
Apesar de ter esta forma de estar no futebol, o clube emite o comunicado para tomar uma posição crítica sobre situações, que considera, que prejudicaram o clube, não só no jogo da 22ª jornada mas também no encontro seguinte, uma vez que ficaram sem os dois centrais (Kaká e Osorio).
O Tondela finaliza o comunicado reforçando a confiança nos árbitros mas pede sejam encontradas medidas para minimizar os erros dos agentes da arbitragem.
O comunicado na integra:
“A arbitragem faz parte do jogo, tal como o erro, pelo que entendemos ser importante, previamente, deixarmos bem claro que não nos queremos substituir ao papel do árbitro nem tão pouco condicionar o trabalho deste, de nenhuma forma, em jogos futuros. Pelo contrário, somos daqueles que acreditamos na idoneidade total e indiscutível das equipas de arbitragem bem como na sua qualidade, por demais reconhecida, também, nas instâncias internacionais. Como agentes activos do futebol cremos que os árbitros são peça importante, mas não determinante, uma vez que as decisões ficam para os atletas, daquilo que é o decurso do jogo e o seu papel não é mais do que serem zelosos cumpridores dos regulamentos. Por acreditarmos nesta premissa é que estamos e fazemos parte do futebol que, mais do que nunca, deve ser defendido e valorizado como um todo.
No entanto, esta forma de estar no futebol não nos pode impedir de tomarmos uma posição crítica relativamente a situações que, embora saibamos e acreditemos que na sua génese está o erro humano, nos prejudicam sobremaneira. E quando falamos em prejudicar não estamos apenas a falar do jogo da 22ª jornada da Liga NOS frente ao FC Porto. E este é o ponto principal que queremos destacar. Os erros do árbitro do encontro, Luís Ferreira, já extensivamente analisados e avaliados pelos especialistas de arbitragem, onde, inclusive, se encontram vários ex-árbitros, não prejudicaram o CD Tondela apenas nesse encontro. Os erros do árbitro Luís Ferreira estendem a sua influência ao jogo imediatamente seguinte uma vez que ficámos privados dos dois defesas centrais (Kaká e Osorio).
Ou seja, o CD Tondela sente-se, a nosso ver com toda a legitimidade, duplamente lesado. Não obstante ter sofrido o primeiro golo frente ao FC Porto através duma grande penalidade que não existe, ficou imediatamente a seguir reduzido a dez unidades num lance em que, no limite, é o nosso defesa que sofre falta.
Posto isto, pretendemos novamente sublinhar a nossa confiança no trabalho dos árbitros portugueses bem como na sua qualidade de julgamento nos jogos da Liga NOS. Não podemos esquecer, porém, que o árbitro é o único agente do futebol a quem o erro o prejudica não só a si como às restantes equipas envolvidas. Urge encontrar formas e medidas de minimizar os erros ao máximo, para um futebol mais competitivo, justo e, acima de tudo, verdadeiro.
A Gerência
CD Tondela – Futebol, SDUQ”