Escrito por: João Pereira
A semana desportiva tem sido dominada pelo encontro de domingo, entre Benfica e Sporting CP. Entendo perfeitamente a cobertura mediática deste encontro, como é normal, quando dois clubes grandes se defrontam. No entanto faz-me uma certa confusão as tentativas de pressão ao nosso clube por parte da comunicação social. A última das quais foi a notícia de que Jorge Jesus poderá ir para o Barcelona. Mas não foi a única. A maior já vem desde a derrota em Paços e prende-se com o facto de quererem transformar este derby lisboeta num jogo decisivo para o campeonato, quase como sede uma finalíssima se tratasse. Sim o Benfica perdeu em Paços e se ganhasse ficava com uma vantagem já considerável na frente do campeonato. No entanto e fazendo aqui um cenário em que, se uma (suposta) normalidade imperasse, o Benfica ganhasse em Paços e o Porto na Madeira, chegaríamos a este jogo com a mesma diferença pontual para o segundo classificado, apenas mudava o facto de o Sporting estar não a 7 pontos mas sim a 10. E se assim acontecesse, alguém duvidava que o Sporting iria menos motivado ou entraria com outra atitude que não fosse a de vencer frente ao grande rival? Eu cá não acredito. Isto tudo para dizer que não compreendo a histeria criada depois do jogo na capital do móvel. É um jogo grande? É sim e como seria normal tem uma grande cobertura mediática. Se é decisivo para o título como muitos querem fazer crer? Aí já duvido mais um pouco. É apenas um jogo como qualquer outro, onde o Benfica sairá sempre no primeiro lugar e em que o objetivo principal é o mesmo de sempre, somar 3 pontos. E é com essa mentalidade que a equipa deve entrar, a de conquistar três pontos, independentemente do adversário. Se assim for sempre, estas tentativas de desestabilização caem completamente por terra. Aliás, nem compreendo a razão de tanta tentativa de pressão, já que vi por aí algures alguém dizer que o Benfica não é favorito neste jogo, portanto, seguindo essa linha, a pressão deverá estar do lado do adversário.
Já as lesões de Júlio César e de Nico Gaitán proporcionaram um efeito quase erótico em certos jornais, que exultaram de prazer ao anunciar que estes dois jogadores estarão fora do derby. Há certas páginas de jornais, certas declarações de paineleiros televisivos e certas crónicas que deviam ser mostradas ou estar coladas na parede do balneário do Benfica durante toda a época, de modo a espiçar os jogadores a calarem certas bocas e certas canetas.
Jogue quem jogar, apreciando mais ou menos o estilo de jogo dos jogadores que estarão em campo, temos de ter fé na equipa, sem medos, pois somos o Benfica. Nâo nos podemos deixar influenciar por tentativas de pressão. Depois do jogo, aí sim, tiraremos as ilações que forem necessárias.
A subir: Diogo Figueiras. Dois tiros certeiros pelo Sevilha levaram o português a destacar-se no país vizinho.
A descer: . Bayern. A máquina tituradora da Baviera emperrou e os campeões alemães ainda não venceram depois da pausa de inverno.
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