À conta do desastre aéreo que vitimou grande parte da Chapecoense, o mundo uniu-se em homenagens e mensagens de comoção. Alguns jogadores, num gesto singelo, quiseram dedicar os seus golos àqueles que partiram, despindo a camisola de jogo e mostrando uma outra contendo uma frase de apoio.
O brasileiro Andreas Pereira, emprestado pelo Manchester United ao Granada, ou Edinson Cavani, do Paris Saint-Germain, fizeram isso mesmo, mas os árbitros não perdoaram e mostraram cartão amarelo.
No campeonato holandês passou-se uma situação idêntica, mas com um final diferente. Nathan, jogador brasileiro emprestado pelo Chelsea ao Vitesse, também despiu a camisola, mas o juiz Jochem Kamphuis teve o bom senso de não penalizar o extremo por ter tirado a camisola e mostrado outra. Instado a comentar o sucedido, Kamphuis disse o seguinte: “Eu sabia que ele tinha perdido dois amigos. Foi especial para ele marcar e poder homenageá-los”.
Apesar de tudo, o árbitro não cumpriu as regras. Mas qual terá sido a posição da Federação Holandesa de Futebol? Gijs de Jong, director de operações, não censurou a decisão; pelo contrário, elogiou-a:
Nathan, emocionado, a dedicar o golo à ChapecoenseÀs vezes, é preciso fazer algo diferente. E Jochem teve perfeitamente essa sensibilidade. Árbitros são seres de carne e osso, é preciso dizê-lo. Claro que regras são regras. Mas ontem foi uma excepção”.
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