Escrito por: João Pereira
Quero iniciar esta crónica enviando votos sinceros de um Bom Ano a todos os leitores. Estamos num novo ano e a temporada continua. Infelizmente, e em termos desportivos, não nos encontramos na posição de há um ano, em que seguíamos em quatro frentes. No entanto, o principal objectivo, a conquista do bicampeonato, mantém-se intacto. E é aí que o Benfica tem e deve ir buscar a sua força, na focalização dos jogadores para este objetivo quase único (ainda há a Taça da Liga, num plano secundário). Acredito no trabalho dos nossos responsáveis e acredito que serão capazes de motivar os jogadores para o que falta da época, apesar da eliminação das aliciantes e motivadoras provas europeias e da histórica Taça de Portugal.
O mercado de Janeiro trouxe a transferência de Enzo para o Valência. A par de Gaitán, o fantástico Enzo era uma das figuras de proa da equipa e o principal motor do meio-campo. Já resistimos à saída de Javi Garcia, de Witsel, até de Matic, todos peças fulcrais no meio-campo e acredito que resistiremos a mais esta saída. No entanto, a sucessão parece mais difícil de solucionar neste caso. Penso que Talisca não é o homem certo para aquela posição. A escolha deverá recair entre Samaris, Cristante, Pizzi e em Rúben Amorim, quando regressar da lesão. Acerca disso, deixo aqui dois apartes sobre dois jogadores: Samaris parece-me mais um trinco do que um 8 (ainda hoje estou convicto de que se o grego estivesse em campo frente ao Braga, na Taça de Portugal, Pardo não fazia o que fez no segundo golo) e Cristante pertence a uma linha de jogadores italianos com características muitos específicas. Cristante está na senda de jogadores como Pirlo e Verratti, que, jogando recuados, não são médios-defensivos, nem trincos, mas sim armadores de jogo mais recuados no terreno. Não têm a garra e a capacidade de desarme dos trincos, mas têm a capacidade técnica para começar o movimento atacante com passes, curtos ou longos, que fazem a equipa mexer. Para isso, são ideais para jogar num meio-campo com 3 elementos, onde pelo menos um “seja mais trinco”, dando liberdade para estes maestros mais recuados conduzirem a bola e pensarem o jogo. Veremos como Jorge Jesus irá solucionar esta equação no meio-campo.
No sábado jogaremos mais uma final e logo contra uma equipa difícil, o Vitória de Guimarães. Os vimaranenses têm realizado uma boa época e serão um osso difícil de roer para o Benfica, ainda mais enquanto a nova máquina de meio-campo se está a olear. No entanto, a equipa tem capacidade para vencer a partida. Final a final, com humildade e esforço, rumo ao objetivo desejado por todos, que o Benfica seja campeão, sempre.
Nota – Uma ano passou, nunca te esqueceremos Rei Eusébio.
A subir: Juniores do Benfica . Vitória frente ao Sporting e os leões já estão a uns distantes 19 pontos.
A descer: Real Madrid. Os merengues somaram ontem o segundo jogo cosecutivo sem vencer. Depois da derrota em Valência, para o campeonato, nova derrota, desta feita na primeira mão da Taça do Rei, em casa do rival Atl. Madrid.
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