Depois da brilhante vitória em Madrid, o Benfica baqueou na Turquia perante o Galatasaray. O jogo não se adivinhava fácil e tal veio a confirmar-se. Na Liga dos Campeões, as deslocações a Turquia, Grécia, Ucrânia ou Rússia são sempre perigosas e difíceis. No entanto, um Benfica menos displicente teria facilmente ultrapassado esta equipa.
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O jogo começou bem, Gaitán fez o golo e, de seguida, baixaram-se as linhas para tentar surpreender o adversário em contra-ataque. O problema foi que, ao longo do tempo, baixou-se demasiado o bloco e quase não se tinha a bola, sendo que o golo do Galatasaray até surgiu com naturalidade. Depois de termos reagido, os turcos fazem o segundo numa situação que já vem sendo recorrente: a exploração das costas de Eliseu e do espaço entre ele e o defesa central do lado esquerdo, que neste caso era Jardel. Foi simples e eficaz, um golo fácil demais para ser sofrido por uma equipa como a nossa. Até ao fim, as oportunidades repartiram-se entre as duas equipas e não conseguimos desfeitear uma defesa adversária que, no mínimo, é sofrível. Faltou ter mais bola e mais personalidade com ela, mais acutilância ofensiva que faria o Gala tremer perante os seus fervorosas e ruidosos adeptos. As questões nas laterais foram, também elas, um problema crucial.
A nossa equipa ainda anda aos altos e baixos e provavelmente continuará durante algum tempo, coisa que encaro como perfeitamente natural tendo em conta a chegada de um novo treinador, com novas ideias e o surgimento de jovens a titulares, que precisam do seu tempo para crescer. Temos de ter consciência disso e esperar que a equipa entre num nível de qualidade constante e positivo. Acredito que isso acontecerá e confio nas capacidades da equipa técnica e dos jogadores, a não ser que provem o contrário.
O Benfica tem de corrigir este desaire na próxima jornada. O Galatasaray viajará para Lisboa motivado, mas, jogando em casa, teremos todas as condições para os vencer.
No Domingo defrontaremos mais uma equipa na caminhada pelo título nacional. É um jogo com um rival, que tem um sabor especial. No entanto, é só mais uma partida, como todas as outras, em que o objetivo é o de vencer. Seja quem for, seja para que competição for, seja onde for. Espero, naturalmente, que o Benfica dê uma resposta efectiva ao resultado da Liga dos Campeões e consiga aproximar-se cada vez mais da regularidade que todos queremos – a das vitórias.
