Um Benfica, dois estilos e ainda o Mercado de Inverno

 

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Um campeão pode ser fabricado de várias formas. Por exemplo: é possível jogar quase sempre bem e deixar essa marca de qualidade para a história (como o Benfica de Jesus em 09/10) ou jogar quase sempre mal e não deixar grandes recordações a ninguém (como o Benfica de Trapattoni em 04/05).

No último título conquistado pelos encarnados, a máquina estava programada para sessões contínuas de alto nível. Não era possível pedir a Di Maria ou Ramires que dessem uma “charatuda” para a bancada. O chip dava-lhes outra informação: olhos na baliza, magia, golos, espectáculo. Foi sempre assim, da primeira à última jornada. Com Trapattoni era tudo ao contrário. A equipa tinha sido construída em torno de Simão Sabrosa e moldada a partir do seu craque. Conclusão: um a jogar (muito), os outros a trabalhar (ainda mais).

O meu Benfica 11/12 é, na minha óptica, um misto dos dois estilos supracitados. Se em momentos do jogo apresenta, qualidade estonteante, velocidade cabal e uma enorme capacidade criativa, noutros momentos é capaz de lutar até à exaustão por cada centímetro de relva. Mérito total para Jorge Jesus por vestir o fato de macaco, quando muitas vezes todos exigem o fato de gala. Menos nota artística, mais capacidade de luta, sofrimento e sacrifício!

O Benfica que esteve em Santa Maria da Feira foi igual ao que venceu nos Barreiros, Aveiro, e também ao que superou, no estádio da luz, o melhor Sporting da época: Três exibições descoloridas, três vitórias por 1-0. Juntando-lhe a do Marcolino de Castro (2-1), são 12 pontos…sofridos.

Há noites assim, mais transpiradas do que inspiradas. Mas que valem… ouro e fazem campeões.

Quero ainda salientar a importância dos 5 pontos de avanço que temos sobre o nosso grande rival. Contudo, o campeonato está muito longe de estar ganho. Na minha óptica o Porto tem um dos melhores planteis dos últimos anos e irá bater-se com toda a certeza até ao final do mesmo. Lucho, Danilo e Janko são claros sinais de ambição e de um incrementar cabal da qualidade da equipa. O que vale é que parece que Vitor Pereira continuará sentado na cadeira de sonho. A ver vamos se a candeia que vai à frente, ilumina mesmo duas vezes.

Este inicio de semana, ficou marcado pelo sempre movimentado “mercado de Inverno”. No que concerne ao meu Benfica (e falando apenas nos temas mais ”mediáticos”), não gostei dos reajustes. Emprestar Amorim ao Braga 18 meses? Impensável. Fortalecemos, um clube em crescendo na liga, e que nos tem recebido de forma asquerosa nos últimos anos, e ainda, perdemos a única alternativa viável a Maxi. Já agora, porquê é que Enzo Pérez teve um tratamento tão díspar em contextos tão similares?

A chegada de Yannick não me convenceu. No entanto, estou extremamente curioso para observar o que poderá Jorge Jesus fazer do potencial existente no jogador. Já o vimos fazer autênticos milagres de Coentrão, Di Maria, Javi Garcia, entre outros.

Como adepto resta-me desejar a Djaló, as maiores felicidades de águia ao peito e deixar-lhe um pequeno conselho: Que deixe os tiques de vedeta em Alvalade, porque nesta casa, e num futuro próximo, dificilmente passará de uma segunda opção.

O que está feito está feito, e é com este plantel que teremos a obrigação de lutar até ao fim para sermos campeões. 

 

 

NOTA 1: O tão badalado recorde que muitos já davam como batido, permanecerá ao que parece, nas hostes benfiquistas por mais algum tempo. Obrigado Jonh Mortimore por uns incríveis 56 jogos consecutivos sem perder para o campeonato nacional!

 

NOTA 2: Ouvi Vítor Pereira dizer (qual “futurologista”) que o Benfica já pode encomendar as faixas. Acho que o Benfica devia encomendar também uma faixa para Vítor Pereira. Tem ajudado bastante na, eventual, conquista do título.

 

NOTA 3: Aimar, Saviola, Garay, Lucho (que grande reforço!), Hulk, Álvaro Pereira, Danilo, Elias, para não falar de Rodrigo, Gaitán, Witsel, James, otamendi, Matias … há uns anos atrás, não imaginava jogadores desta estirpe a passear classe pelos relvados portugueses.

 

 

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