
Atualmente, o panorama futebolístico internacional é dominado pelos chamados “tubarões” do futebol. Falamos de clubes como o Real Madrid, o Barcelona, o Bayern Munique, outros. Este domínio, sobretudo financeiro, leva a que as competições europeias – nomeadamente a Liga dos Campeões e a Liga Europa – sejam vencidas (quase) sempre por grandes clubes. Principalmente a Liga dos Campeões.
Assim, fomos “aos livros” à procura de vencedores destas competições que, hoje em dia, seriam (muito) improváveis.
- Celtic – Liga dos Campeões 1966-1967
Fundado em 1887, o Celtic é o 2º clube mais bem sucedido da Escócia, logo atrás do eterno rival Rangers. Conta – imagine-se – com 99 títulos no seu palmarés! (A título de curiosidade, o Rangers tem 118 títulos no seu histórico).
Desses 99 títulos, apenas 1 não é nacional. O domínio na Escócia por parte destes dois clubes é quase absurdo. O Celtic foi, por uma vez, Eneacampeão nacional. São 9 títulos consecutivos. O segundo desses foi, precisamente, no ano em que venceram a sua primeira e única competição internacional.
Bateram Zurich, Nantes, Vojvodina, Dukla Praga e Inter de Milão (na final) para vencerem a Taça dos Campeões Europeus, competição que antecedeu a Liga Milionária como hoje a conhecemos. Na final, que os escoceses venceram por 2-1, com golos marcados por Gemmell e Murdoch, o Inter até entrou a vencer, com um golo de Mazzola aos 7’. Com um total de 16 golos marcados e 5 sofridos, o Celtic é campeão europeu, curiosamente, no Estádio do Jamor, perante 56.000 pessoas, num jogo arbitrado por Kurt Tschenscher, da Alemanha Ocidental.
- Feyenoord – Liga dos Campeões 1969-1970
Fundado em 1908, o Feyenoord, sediado em Roterdão, é tido atualmente como um dos bons clubes holandeses, a par do PSV Eindhoven e do Ajax.
Com 32 títulos no currículo, 4 dos quais internacionais – uma Taça Intercontinental (1970), 1 Taça dos Campeões Europeus (1969-1970) e 2 Taças Uefa (1973-74/2001-02) –, o Feyenoord vence a competição em 1969-1970, depois de vitórias com o KR da Noruega (16-2 no agregado), com o AC Milan (2-1 no agregado), Vorwärts Berlin (2-1 no agregado), Légia de Varsóvia (2-0 no agregado) e Celtic na final, vencendo por 2-1 após prolongamento.
Como no ponto anterior, também a equipa derrotada entrou a vencer, golo de Gemmell aos 29’. No entanto, Israel aos 31’ e Kindvall aos 117’ levaram a taça para Roterdão.
Com 24 golos marcados e 4 sofridos, o Feyenoord vence a Taça dos Campeões Europeus no San Siro, Milão, perante 50,000 pessoas.
- Nottingham Forest – Liga dos Campeões (1978-79/1979-80)
Atualmente no Championship, a 2ª Divisão Inglesa, o Nottingham Forest é obreiro de uma das mais belas estórias de sucesso da história do futebol.
Com Brian Clough ao leme, ele que já havia feito uma grande proeza com o Derby County, o clube inglês vence a Primeira Divisão Inglesa em 1977-78 e parte para, não uma, mas duas vitórias seguidas na Taça dos Campeões Europeus.
A primeira vitória surge depois de eliminar Liverpool (2-0), AEK Atenas (7-2), Grasshopper (5-2), Köln (4-3) e, na final, o Malmö FF por 1-0, com um golo de Francis. O jogo disputou-se em Munique, no Estádio Olímpico, e 57,000 pessoas viram a equipa inglesa sagrar-se campeã europeia, com um registo de 19 golos marcados e 7 sofridos.
No ano seguinte, depois de uma caminhada eliminando Öster (3-1), Arges Pitesti (4-1), Dynamo Berlin (3-2) e Ajax (2-1), o Nottingham Forest vence o Hamburgo por 1-0 na final, com um golo de Robertson aos 21’. O jogo disputou-se em Madrid, no Bernabéu, e foi apitado pelo português António Garrido.
A brilhante equipa de Brian Clough ganharia não só o bicampeonato europeu, mas também a Supertaça Europeia, além das taças internas.
- Steaua Bucareste – Liga dos Campeões (1985/1986)
Fundado apenas em 1947, o Steaua de Bucareste é o mais bem sucedido clube romeno, com um total de 61 títulos no seu palmarés, dois deles internacionais: a Taça dos Campeões Europeus de 85-86 e a Supertaça Europeia do ano seguinte.
Em menos de 40 anos de existência, à data que chegou e venceu a final europeia, o clube romeno já contava com 24 títulos, entre Ligas e Taças Romenas.
Na caminhada europeia, eliminou Vejle (5-2), Budapest Honvéd (4-2), Kuusysi (1-0) e Anderlecht (3-1). Na final, a vítima foi o Barcelona, nas grandes penalidades por 2-0, depois de um nulo no tempo regulamentar. O Steaua acaba por vencer o Barcelona “em casa”, no Estádio Sánchez Pizjuán, em Sevilha, perante 70,000 pessoas, num jogo apitado pelo francês Michel Vautrot.
O registo do Steaua foi de 13 golos marcados e 5 sofridos.
- Estrela Vermelha – Liga dos Campeões (1990/1991)
O mais bem sucedido clube sérvio de sempre, com 54 títulos, o Estrela Vermelha de Belgrado, (Crvena Zvezda em sérvio), venceu a Taça dos Campeões Europeus na época de 90-91. Foi o penúltimo vencedor do anterior formato da competição (o último foi o Barcelona, na célebre final com a Sampdoria).
O palmarés internacional do clube inclui, além desta competição, uma Supertaça Europeia (no ano seguinte) e duas Taças Mitropa, talvez a percursora da Liga dos Campeões, que se disputava na Europa Central (a última edição foi em 1992).
O percurso do Estrela Vermelha em 90-91 incluiu eliminações do Grasshopper (5-2), Rangers (4-1), Dynamo Dresden (6-0) e Bayern de Munique (4-3). Na final, disputada em Itália, na cidade de Bari e apitada pelo também italiano Tullio Lanese, perante 56,000 pessoas, o Estrela Vermelha venceu o Marselha, nas grandes penalidades por 5-3, depois de um nulo durante a partida.
Facebook
Twitter
Pinterest
Instagram
YouTube
RSS