Rugido do Leão: Xutos & Pontapés
2 min readTendo em conta os episódios lamentáveis que aconteceram neste fim de semana futebolístico, em Portugal, seria muito fácil chegar aqui e redigir um artigo que fosse ao encontro – e de encontro, literalmente, num “mosh” de palavras agressivas – do respectivo título. Não! Basta! Felizmente, a maioria de nós não se identifica com os cenários decadentes apontados, por isso enveredemos por um caminho construtivo e prestemos tributo a essa importante banda nacional: Xutos & Pontapés.
Os sportinguistas não têm memória curta e nunca irão esquecer que foram deles os últimos acordes do antigo e muito saudoso Estádio José Alvalade. Resultado de uma pioneira estratégia de rentabilização do recinto, implementada em finais dos anos oitenta, foi neste mítico palco que Portugal assistiu à passagem de grandes nomes mundiais da música: U2, Rolling Stones, Pink Floyd, The Cure, Guns N’Roses e tantos outros.
A acústica do José Alvalade era única, quando os sportinguistas gritavam pelo Sporting o “rugido do leão” tinia nos ouvidos dos adversários durante horas após o encontro e as bandas gostavam de lá actuar e, assim, também fazer uso daquela característica. O gáudio de todos os quantos tiveram o privilégio de assistir aos concertos ainda hoje é, muitas vezes, manifestado, sendo que, na semana marcada pelo desaparecimento do Zé Pedro, muitos sportinguistas se terão lembrado do seu “fair play” e simpatia para os adeptos da casa, aquando do último concerto no José Alvalade.
Cristiano Ronaldo inspirou-se na música “À minha maneira” para se tornar uma lenda em Madrid, por isso, em dia de jogo importante do Sporting Clube de Portugal e logo em Barcelona: vamos “remar, remar” para virarmos o “mundo ao contrário” e felizes regressarmos à “minha casinha”.
Autor: Filipe Loureiro