Onze da Jornada 23 – Liga NOS 16/17
4 min readO onze da 23.ª jornada da Liga NOS 16/17 eleito pelo DomíniodeBola:
GR | Bruno Varela (Vitória de Setúbal): Se os sadinos agudizaram a crise do Braga, a muito fica a dever à exibição deste jovem. O guardião selou a baliza na primeira primeira com algumas intervenção de grau de dificuldade elevado; no segundo tempo, pouco podia fazer no golo de Cartabia, mas evitou o 0-2 ao defender o penalty de Vukcevic. Uma grande parada que animou os colegas e os guiou até ao empate.
DD | Nélson Semedo (Benfica): Que pilhas usará o lateral benfiquista? De jogo para jogo, parece cada vez mais fresco e pronto para enfrentar uma ala esquerda composta por Roberto Carlos e Ryan Giggs nos seus tempos áureos. Foi autor de arrancadas que são já a sua imagem de marca e deixou a cabeça em água a Nélson Lenho. Abrilhantou o jogo com duas assistências para os dois primeiros tentos dos encarnados e mostrou-se sempre disponível para levar a equipa às costas quando faltavam ideias aos centrocampistas.
DC | Raúl Silva (Marítimo): Quando o Marítimo está em apuros, não raras vezes aparece o central brasileiro para fazer o bem ou, pelo menos, minimizar os estragos. Fez o quarto golo da temporada (detém 21% dos golos da equipa no campeonato) e demonstrou novamente o perigo que o seu jogo aéreo representa. Lá à frente marcou, na retaguarda não perdeu um único duelo pelo ar. É um dos alicerces para a boa campanha que o Marítimo de Daniel Ramos está a escrever.
DC | Iván Marcano (FC Porto): Comemorou o centésimo jogo de dragão ao peito e deixou os adversários… cem hipóteses! O espanhol primou pela discrição e lá foi sacudindo as jogas que o Boavista tentava finalizar. O ponto alto da exibição chegou aos 67 minutos quando emendou um corte defeituoso do novo colega Boly; o avançado Schembri aproveitou uma bola perdida na área, mas o defensor esticou-se e impediu que, provavelmente, os axadrezados chegassem ao empate.
DE | Rafa Soares (Rio Ave): Telles e Layún que se cuidem, pois o miúdo vem para agarrar o lugar! Mais uma boa prestação deste jovem emprestado pelo FC Porto e que ultimamente tem dado (ainda mais) cartas. Resolveu praticamente todas as ameaças que lhe apareceram pelo flanco e passou o jogo praticamente todo no meio-campo adversário procurando romper o bom processo defensivo do Paços de Ferreira. Muitos cruzamentos, muitas solicitações e muitas combinações que, ainda assim, não fizeram o marcador mexer.
MC | Costinha (Vitória de Setúbal): O médio é conhecido pelo diminutivo do seu apelido, mas devia pensar em mudar para o aumentativo. Costão assenta-lhe melhor, tal o esforço e dedicação que empresta ao jogo. Fez o golo do empate, já ao cair do pano, mas a sua exibição valeu sobretudo pela entrega e perseverança, quer nos momentos ofensivos, quer nos defensivos. Numa altura em que joga como “8”, parece que a função de box-to-box lhe é a que melhor se adapta às suas características.
MC | Renan Bressan (Chaves): A isto se chama um verdadeiro reforço de inverno! Não precisou de muito tempo para formar com Pedro Tiba uma das duplas de meio-campo mais interessantes do campeonato e ambos tiveram bons momentos frente ao Benfica. O internacional bielorrusso, no que lhe concerne, demonstrou uma facilidade de processos admirável, procurando chegar rapidamente à baliza de Ederdon. Assistido por Perdigão, assinou o golo da noite num remate em arco fora da área.
ED | Gelson Martins (Sporting): Já fez exibições mais vistosas e decisivas? Fez, pois, porque a sua bitola é altíssima. Ainda assim, o extremo conseguiu proporcionar momentos de alto quilate com a bola nos pés. Dele nasceu a jogada que dá azo ao primeiro golo dos leões e numa das suas supersónicas investidas ofereceu o golo a Bas Dost, mas o avançado declinou a oferta. Teve também oportunidade de fazer o gosto ao pé, mas deslumbrou-se no frente-a-frente com Luís Ribeiro.
EE | Miguel Rosa (Belenenses): Foi talvez o elemento mais descomplexado dos azuis durante a primeira parte, tentando sempre que possível dar um ar da sua graça, mesmo sem ser 100% eficaz nas abordagens ofensivas. Na segunda etapa, revelou-se determinante, pois foi dos seus pés que saíram as duas assistências para Maurides ‘molhar a sopa’. Ambas da marca do pontapé de canto, o jogador formado no Benfica demonstrou uma vez mais as bolas paradas são uma das suas especialidades.
AV | Mitroglou (Benfica): Está feito o deus grego dos golos. Quanto mais marca mais quer marcar. Aproveitando a ausência de Jonas, é nele que recaem todas as expectativas para meter a redondinha na baliza e não tem defraudado, muito pelo contrário. Bisou diante do Chaves, principiando e finalizando o marcador, mas nem só de golos vive Mitroglou – esteve muito participativo no processo ofensivo e ajudou os colegas a arquitectar jogadas de ataque.
AV | Maurides (Belenenses): Poderia ter sonhado com uma estreia melhor a titular? Provavelmente não. Num jogo em que a ‘lei do ex’ predominou, o antigo jogador do Arouca mostrou a Quim Machado que é o mapa para o labirinto dos golos. Num espaço de cinco minutos, o irmão de Maicon, que pertenceu ao FC Porto, virou a partida avesso e colocou o Belenenses na rota da vitória. Oportuno nas duas ocasiões, Maurides tirou partido de duas bolas paradas e, à parte dos golos, foi um mouro de trabalho.